O termo “sobreviver”, carrega uma enorme e significativa conotação, nem sempre positiva! Grande, porque permanecer vivo depois de algo, é continuar vivendo, existindo. E nisso, o Brasil e a autor sobreviveram.  Com setecentos mil mortos na pandemia, este país saiu muito ferido e empobrecido, mas avança chorando os seus entes queridos e buscando o rumo que perdeu num passado próximo.  O autor buscou na escrita, o refúgio para se manter vivo, não apenas no isolamento da Covid, mas principalmente num ambiente tóxico provocado por uma polarização política, esta sim, criada e exacerbada pelo governante de plantão. Foram longos e quase intermináveis quatro anos, em que quase viu sua alma sequestrada. Sobreviveu escrevendo! É isso que nos mostra, ao longo destas páginas publicadas quase semanalmente no jornal Folha de Londrina. Denúncias, comentários, gritos de esperança. É isso que o leitor vai encontrar.